Procurando repetir no mercado ocidental o sucesso que o Famicom fez Japão, a Nintendo americana resolveu pedir ajuda para a poderosa Atari. A negociação resultou num console de 8 bits chamado Advanced Video System, ou simplesmente Nintendo AVS.
No acordo, a Atari traria toda a sua experiência e know-how para auxiliar na produção do hardware, enquanto poderia usufruir de algumas licenças da Nintendo.

Trata-se de um protótipo do popular Nintendo Entertainment System que conhecemos hoje. O AVS foi mostrado ao público somente uma vez, em 1985 na feira Consumer Electronics Show, em Las Vegas. Mostrou-se revolucionário para sua época. O sistema incluía um teclado, um joystick, uma pistola, um teclado musical, e uma unidade para armazenamento de dados, tudo isso sem fio funcionando via infravermelho. Todo esse aparato junto encaixava-se com perfeição, mostrando sinergia ao mantê-los sempre prontos para uso na sala de qualquer casa. Os controles podiam ser embutidos e guardados na frente do console.
O aparelho combinou muitas características encontradas em computadores da época, além de incluir funções inovadoras como criação e gravação de jogos, composição de músicas e gráficos jamais vistos em um console de 8 bits.





Esta aposta parecia arriscada por alguns motivos: design polido que não atraia a atenção das crianças, custo de fabricação extremamente alto e gamepads de conforto questionável. No entanto, isso tudo não precisou passar pelo crivo exigente do público, uma vez que o acordo foi por água abaixo por conta de um desentendimento entre as empresas. Um executivo da Atari descobriu que a Nintendo estava licenciando uma versão de Donkey Kong para o videogame ColecoVision, concorrente direto da Atari.
Mais uma daquelas coisas que nos fazem pensar: “E se tivesse sido assim, como seria o rumo da história dos videogames?“
Bônus: abaixo você vê mais alguns protótipos do Nintendo.