E se o Nintendinho não tivesse limite de 3 cores por sprite?


Como seriam os gráficos se o Nintendo pudesse utilizar toda a sua paleta de cores sem qualquer restrição? Poderia aumentar sua longevidade? A Sony não teria brigado com a Nintendo e produziria o tão esperado Snes CD em vez do PlayStation? O público ignoraria a geração 16 bits e aguardaria os 32 bits?

Bem, dificilmente alguém pode responder com certeza estas questões, mas não deixa de ser uma hipótese interessante.

Você sabe o que representa a imagem abaixo?

Isto é a paleta de cores do videogame Nintendo (Nes ou Nintendinho) de 1983. Ele tecnicamente tem 64 cores, mas nove delas são totalmente pretas, além de alguns tons de cinza bem parecidos… Então, a grosso modo, podemos supor que ele tem 54 cores.

Agora, convenhamos que 54 cores definitivamente não parece muita coisa. Especialmente se compararmos à paleta com mais de 32 mil cores diferentes do Super Nintendo, ou até mesmo com as 512 cores do Mega Drive. Mas a paleta de cores não é o principal obstáculo para criar os gráficos do Nintendo. Sua real limitação é não conseguir utilizar todas as cores ao mesmo tempo.

O Nintendo tem sprites (objetos gráficos que se movem na tela) com limite de 4 cores, sendo que uma destas sempre precisa ser transparente. Ou seja, sabendo-se que uma delas é apenas o fundo à mostra, você está limitado a apenas 3 cores.

Mas e se não existisse esta tal limitação de cores por sprite?

Os exemplos a seguir demonstram como as coisas poderiam ser bem diferentes. Note que foram utilizadas apenas as cores disponíveis na paleta do aparelho, sem afetar qualquer aspecto do sprite original. Com o incremento de poucas cores já é possível dar mais sombra e brilho, produzindo gráficos semelhantes àqueles encontrados em aparelhos mais modernos, como o Super Nintendo:


Repare que o sprite de Mega Man tem algo especial: mais de 3 cores! Isto é possível porque o rosto é um outro sprite sobreposto.

O Nintendo já era bom para a época, e podemos considerar que muitos clássicos já eram obras primas sob todos os aspectos, mas estas comparações nos fazem pensar em como seria legal se os desenvolvedores tivessem toda a paleta disponível para criarem seus sprites.

Em alguns casos, pode parecer covardia comparar aparelhos de gerações diferentes, mas a melhora é inegável. Não é devaneio tão absurdo considerar que poderia ter aparecido um console mais parrudo do Nintendinho com este “upgade”. Apenas o fato de ultrapassar esta limitação já o elevaria a um patamar intermediário entre as gerações,  e como na época os bits eram o melhor marketing, o “status” de meio termo o colocaria no mercado como um “sistema 12 bits“.

Assista um gameplay do jogo Super Mario Bros original para Nintendo:

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